Chevrolet Corsa Sedan, Iaras, SP, by Valério
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20 respostas para “Chevrolet Corsa Sedan, Iaras, SP, by Valério”
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Parabéns Valuck, belo flagra. Um posto falido e um Corsa em processo de concordata.
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Que cena inglória! Despojaram o Corsa de sua dignidade, mas também é cena emblemática, poderia representar várias coisas:
– O fim do conceito de automóvel como o conhecemos, desamparado e depenado junto da desenganada indústria petrolífera, decaindo aos poucos até só sobrar como um pedaço da história.
– Uma realidade alternativa em que a GM, com sua linha no ápice da defasagem, há uns 2 anos atrás, fechou as portas e deixou desamparados seus modelos, já obsoletos, os quais foram aos poucos abandonados pelos quatro cantos do país.
– O fim e o desprezo do automóvel popular, dando cada vez mais espaço aos novos “premiums”, junto de uma nova e mais próspera realidade econômica, a qual os trocou sem nenhum remorso ou saudades.Mas agora falando sério, é um dos últimos carrinhos que ainda segue uma receita tradicional de automóvel: Linha de cintura adequada, linha dos vidros coerentes, linhas proporcionais que não invocam um visual de microvan, sistema mecânico relativamente bem simples, etc.
Você ainda identifica no Corsa sedan um automóvel tradicional, e em sua categoria é um dos (senão o próprio) últimos sobreviventes.
Acredito que no dia em que as normas de segurança e eficiência de empacotamento assumirem por completo a filosofia de construção dos autos modernos, matando de vez os dogmas da indústria do século XX, sentiremos saudades de quando os carros pareciam de fato carros.
À pesar de assentarem sobre a mesma plataforma, Classic e Agile apontam diretamente para a diferença a qual me refiro, e o carro moderno está cada vez mais difícil de entender.-
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Bravo, bravo, Charles !!!
Interessantes os argumentos, realmente o “novo” como apenas antípoda ao existente não faz sentido …
Quando penso no discurso forma-função e na síntese do que já se conseguiu em termos de eficiência e simplicidade, rio de certos projetos “mudernos” cuja eficácia e o bom design passam longe …
O sua argumentação serve para a arquitetura, para o vestuário e para o design em geral …
Tentam re-inventar a roda e a estão fazendo quadrada …
Some-se a isso níveis estupefacentes de obsolescência programada …
O capital transformou-se no “legislativo” da condição humana …
E o “executivo” é transformar a humanidade-escrava a seus desígnios em “consumo sem valor” atrelado ao ewscravizante “financiamento-vita-natural-durante” …
Uma lástima e urge que nos tornemos “outsiders” para escapar dessa máquina …
saudações da cavalaria nobre confrade-
Obrigado pelas saudações!
Vejo que este local possui excelentes comentaristas.
Na bem lembrada razão do novo, está difícil indicar um sentido que seja no mínimo coerente. Os novos designs são de fato muito interessantes para uma nova geração de consumidores, aqueles os quais vêem o automóvel como um produto de utilidade semelhante aos ítens da linha branca, porém acho que o automovel símbolo da liberdade individual e amuleto da personalidade (com expressão máxima nos anos dourados – década de ’50) já está há muito moribundo, talvez apenas subsistindo nos esportivos de essência (Gumpert Apollo, Toyobaru, Ariel Atom, Porsche Carrera GT, etc). Essa eficiência numérica relativa atual que ignora o próprio automóvel como em parte autopoiético no que tange ao estilo e a concepção está desfigurando nosso conceito tradicional, mas para as gerações consumidoras em desenvolvimento e futuras que o entendem como mera comodidade está tudo bem. Não é surpresa que longos capôs e linhas de carroceria que remetem a uma sinuosidade sensual não mais fazem tanto sentido quanto uma terceira fileira de bancos ou uma posição “de comando de estrada”. Lamentamos.
Quando mencionou a dualidade forma-função, fico remoendo sobre como a função se deteriorou aos olhos do público e até que ponto isso é reflexo de outros fatores sociais (o crescimento da realidade indoor e o tecnocentrismo da juventude) e não uma mera tendência da indústria automotiva, algo que seria bem mais localizado.
Impossível não lembrar de gênios como Dante Giacosa nessas ocasiões e relembrar como bons projetos podem ser altamente eficientes sem perder sua essência ou seu apego ao geist irracional de um produto – algo que inspira ainda alguns poucos sobreviventes desta escola – ou filosofia – de criação de automóveis.
E nisso voltamos ao simples Corsinha, lá com seus parcos cavalos e motor transversal com tração dianteira que guarda pouca semelhança aos monstrengos charmosos e galantes que conhecemos do passado, mas que à medida em que o tempo passa se colocará cada vez mais perto destes, um exercício medonho de paralaxe aos olhos de alguns dinossauros como nós, hehehe.
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É, prezado Charles, mas eu vejo o Corsa (do qual sou grande fã, pois fui possuidor de um modelo praticamente idêntico ao da foto durante 11 anos), como um dos últimos remanescentes do que um dia foi, parafraseando suas palavras, um automóvel tradicional, para os padrões dos dias de hoje. Pois nos idos de 1994, quando de sua aparição aqui no Brasil, era o Corsa algo incomum – haja vista que o conceito que tínhamos de popular era algo derivado de modelos pequenos e “premium” dos anos 80 (Chevette, Escort, Uno, Gol, ficando o rol por aí mesmo). Porém era algo incomum mas ao mesmo tempo bem resolvido, na verdade o pequeno Opel (sua verdadeira origem) trouxe consigo, muito mais do que o apelo estilístico das tão difundidas formas curvas de Niemeyer, uma nova tecnologia funcional, a injeção eletrônica, sem para isso precisar munir-se de uma mecânica por demais complicada, sofisticada e por conseguinte cara.
Mas prezado Charles, existe outro da sua classe, ainda melhor resolvido em muitos aspectos, o Fiat Siena, embora a manutenção não seja tão barata quanto, ao menos ainda mantém o conceito de automóvel pequeno por fora e grande por dentro – que é o defeito maior dos modelos de origem Opel, o parco espaço interior. Quando foi lançada a segunda geração do Corsa, que na verdade só é melhor que a primeira em espaço interno (tem uma explicação – ele é oriundo do mesmo projeto do Fiat Punto), esse item melhorou muito, mas foram-se embora todas as características fundamentais do modelo.Parabéns Valuck, linda foto, tem todo um ar de mistério, me remete imediatamente àquelas cenas de Chernobyl, em que tudo parece ter sido abandonado às pressas.
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César, engraçado você mencionar a superioridade prática do Siena, vez que seu criador foi Giugiaro, acolhido à indústria por ninguém menos que Giacosa, o gênio do empacotamento, do qual o “designer do século” bebeu alguma inspiração. Horrendo foi o que fizeram com o espaço interno do novo 500, mas isso é coisa que as novas normas de segurança automotiva explicam.
Quanto ao Corsa em si, vejo mais como uma evolução do conceito de hatch (tanto que pegou a VW de calças baixas, obrigando-a a levar o Gol para a mesma direção) e não uma pretensa revolução, como são hoje os crossovers e “hatchs de chapéu” que vemos por aí (Fox, Agile, C3, SX4, Onix, Sonic, etc).
Acredito que nesta época o que ficou evidente é que atrasamos demais nossos produtos em relação ao exterior, porém a essência ainda permanecia.-
Some-se a isso o consumismo exarcebado e em ritmo acelerado, dando ao carro hodierno a conotação de um bem de consumo meramente descartável.
Neste diapasão, o carro perderá a sua identidade, e deixará de ser o que sempre foi, uma complexa máquina com muitos aparatos, que num caráter ígneo, incendeia as chamas da paixão, se tornando algo querido pelos seus donos. No lugar disso, eles estão sendo equiparados a um mero celular ou uma televisão. E com isso, são meramente descartados como sucatas, em grandes quantidades.
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Gostei do hodierno e do diapasão! (risos) Quando estudava Direito, usávamos muito essas duas palavras. Bons tempos.
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Valuck, ainda mais raro do que um Corsa abandonado, é um posto da rede Bremen, eu nunca tinha ouvido falar, onde fica isso? Abraços.
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caro César, este especificamente fica no município de Iaras na Rodovia Castelo Branco SP 280 também denominada BR 374 ligando a região metropolitana de São Paulo com a região Oeste do estado. A distribuidora Bremen faz parte de um grupo com atividades nos ramos do agro-negócio e do ramo de hotelaria.
Próximo a esse posto há um terreno com algo em torno de 30 autos em decomposição. Alguns muito interessantes como um Alfa 2300 B já postado aqui. Variant, Opalas, Brasílias, Toyota Bandeirante, Corcéis, são alguns dos que me recordo.
O post do Alfahttp://www.carrosinuteis.com.br/alfa-romeo-2300-10/#comments
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E Valuck, vc tirou fotos de todos os 30 autos?
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Tinha um Bremen perto da minha casa, que também faliu. Antes de Bremen, ele tinha sido posto Hudson.
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Esse é um modelo despojado do Corsa, fabricado para atender aos consumidores de menor poder aquisitivo……vc compra o principal do carro e depois vai montando os componentes faltantes de acordo com os recursos financeiros disponíveis……..esse daí já tá com meio caminho andado para virar carro…………
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Que coisa! A gasolina tava tão cara que o motorista teve que deixar o carro pra pagar! As rodas ele vendeu para pegar um táxi, já que era turista paulistano e estava aí visitando os parentes…
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E os faróis ele teve que vender para pagar ss latas de cerveja, a caixa de Bis da patroa e os picolés das crianças.
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Parece roubado, mas ou mesmo tempo estando abandonado, e processo de depenamento vai acontecendo naturalmente!
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eo posto tbm ta abandonado ou o carro podia ser do dono do posto q nao pagou os empregados e eles desmontaram o carro kkk
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eu tenho um classic 2009 ,largado tambem
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Eu queria saber se vcs tem o painel desse carro para vender aguardo resposta grata
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